Tão gostoso começar a semana com leveza… Sim, leveza. É esse adjetivo que me veio à mente ao preparar o post deste lindo casamento de dia. Não houve pompa nem circunstância. O que predominou foi a simplicidade e o carinho em cada detalhe, o que tornou a celebração do amor de Thaís e Ricardo algo ímpar.
A começar pela decoração.
A Decoração
A configuração da mesa de bolo e doces foi despretensiosa e assimétrica, com arranjos diferentes de flores em cada lado e peças de apoio de diversos estilos, quebrando a seriedade. Dois barris fizeram as vezes de móveis adendos para comportar mais doces e elementos decorativos. A paleta de cores nos tons de amarelo, pêssego e lilás ganhou meu coração!
A Thaís nos conta a inspiração que teve para que chegasse a esse resultado de suspirar:
As referências de casamento no campo, ao ar livre, passavam essa ideia de leveza, então desde o início isso já estava definido. Quanto às cores, achava injusto escolher apenas uma e deixar as outras de fora (risos). Optamos por várias cores diferentes, mas com suavidade, em tons mais pastel, para que ficasse leve e alegre ao mesmo tempo. A decoração deveria ser simples, acolhedora e refletir um pouco da nossa história. Os decoradores captaram nossa ideia e incluíram detalhes especiais, como as lavandas nos guardanapos na mesa, remetendo ao local em que o pedido foi realizado”.
E elas não estavam lá apenas. As lavandas também estavam presentes em torno da mesa de doces. <3
“Por vezes fomos surpreendidos. Minhas irmãs fizeram mil tsurus para o casamento, para dar sorte. Foi um dos diferenciais da decoração. Em cada cantinho do Alto das Palmeiras, a gente encontrava um tsuru escondido. Muito convidados levaram como lembrança”, se alegra Thaís com tamanho carinho de suas irmãs.
O encontro e o pedido
O improvável encontro de Thaís e Ricardo aconteceu nos tempos de faculdade. Ela, estudante do segundo ano de Ciências Sociais e ele rumo ao sexto ano de Medicina. As amigas de república da Thaís, também da Medicina, a levaram para a festa que marcava a entrada no sexto e último ano do curso. Lá estava Ricardo, comemorando. Em meio a muita diversão e loucura, os dois trocaram os primeiros beijos.
A partir de então, não foi fácil para Ricardo conquistar o coração de Thaís. Com perseverança e paciência, inventando jantares coletivos e outras estratégias apenas para atrair sua atenção, Ricardo acabou por instigar sua curiosidade. Toda turma sabia e acompanhava o desenrolar da história. O mundo deles era bem diferente, como a história da música “Eduardo e Mônica”: apesar das diferenças, a vontade de estar juntos era maior.
Após três anos de namoro, decidiram morar sob o mesmo teto. A formalização do enlace, a princípio, não estava em seus planos. Ao ver parentes e amigos queridos se casando, com cerimônias e celebrações diversas, os dois passaram a enxergar que o casamento poderia ser algo além de formalidades, um verdadeiro rito de passagem, e a ideia foi sendo amadurecida.
Ricardo sempre foi exagerado nas demonstrações de amor. O pedido de casamento foi feito durante uma viagem para o Sul da França. Viagem essa que quase não aconteceu pois, no dia anterior ao embarque, descobriram que o passaporte da Thaís estava vencido. Depois de muita choradeira e persistência, ela conseguiu um passaporte de emergência para embarcar no mesmo dia. Mal sabia o que a esperava.
O roteiro foi construído ao longo da viagem: eles selecionaram com antecedência apenas a primeira cidade, depois escolhiam diariamente para onde iam. A ideia de Ricardo era fazer o pedido na cidade mais bonita, mas já no início da viagem, a surpresa quase foi descoberta durante uma revista de rotina para entrada em uma catedral. Ele resolveu se apressar. Quando os dois chegaram a Nice, após um dia cheio de romantismo, Ricardo percebeu que seria o momento ideal. No jantar, os dois ouviram um artista de rua tocar “La vie en rose” no acordéon. Voltaram ao hotel cantarolando a famosa música de Edith Piaf e tudo parecia perfeito. Na varanda do hotel, com vista para a cidade e o mar, Ricardo fez o pedido, surpreendendo Thaís.
A Cerimônia
A cerimonia foi cuidadosamente planejada e fora do tradicional. O casal optou por entrar sozinhos como forma de simbolizar essa nova etapa da vida, enquanto seus pais o encontraram no altar para apoiá-los. O celebrante foi um querido amigo e os noivos escolheram escrever os próprios votos. A avó paterna da noiva – que estava elegantérrima dos pés à cabeça, diga-se de passagem – levou as alianças e o sobrinho da Thaís, com pouco mais de um ano, foi o pajem.
“A cerimônia e a festa representavam muito bem o que significava o casamento pra gente: consenso, união, construção”, resume o noivo, Ricardo.
A Comemoração
A Thaís finaliza seu relato gostoso:
O casamento tinha que ser leve, divertido e traduzir o que somos e acreditamos. Apesar de contarmos com o importante apoio de amigos e familiares, foi um processo muito nosso, enquanto casal. Aproveitamos os preparativos para estarmos juntos, desde a busca pelo local da cerimônia até a degustação dos docinhos. Para nós, casamento significa parceria.
Casar fora da cidade também possibilitou que encontrássemos nossos convidados no hotel no dia seguinte, durante o café da manhã. Era gostoso ouvir os comentários sobre a festa e ver a felicidade das pessoas por terem participado.”
A gente pode se sentir um pouquinho dentro dessa comemoração com Thaís e Ricardo, assistindo ao trailer do seu dia inesquecível!
Thaís e Ricardo, nosso desejo de coração é que a parceria de vocês fortaleça cada vez mais e que a caminhada a dois seja leve e cheia de amor!